
Utilizar animais para fins terapêuticos pode não parecer uma ideia tão
original, tendo em vista a quantidade de estudos e os avanços da ciência sobre
esse tema. Encontrar, no entanto, fundações ou organizações que lidem com essa
modalidade terapêutica profissionalmente pode ser uma tarefa difícil.
O adestrador e cinotécnico Hélio Rovay Júnior, a pouco mais de
dez anos, decidiu encabeçar o Projeto Medicão Terapeuta Multidisciplinar na
cidade de Campinas. Depois de ter sido obrigado a interromper suas atividades
por falta de estrutura, ele reestruturou o projeto para proporcionar a um
número maior de pacientes, os benefícios da visita dos animais. Hoje o Medicão
atende Campinas e região, é conhecido em todo Brasil, e tem como padrinho o
biólogo Sérgio Rangel.
O projeto reúne cachorros cadastrados e adestrados, com
certificados de vacinas e vermifugação renovados mensalmente. Existe ainda um
procedimento de higienização feito antes de cada visita, em que os cães tomam
banho com um xampu hipoalergênico. Tudo para garantir a saúde das crianças,
acompanhantes e profissionais que entram em contato com os animais.
Segundo a infectologista do Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar do Hospital e Maternidade Celso Pierro, Dra. Maria Fernanda
Festa Morari Scudeler, médica responsável pelo Projeto Medicão, há
indicações na literatura médica, que desde 1792 na Inglaterra se iniciou a
utilização de animais de estimação como parte da terapia de doentes.
Estudos comprovam que as pessoas se
beneficiam psicologicamente da interação do ser humano com o animal através da
redução da ansiedade e do isolamento social, da melhora da depressão e de
outros aspectos negativos da hospitalização. Há benefícios físicos também como
melhora das condições cardiovasculares, diminuição da contratura muscular,
entre outros.
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"Se você pega um cachorro
faminto e o torna próspero, ele não morderá você. Esta é a principal diferença
entre um cachorro e um homem." (Mark Twain).
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